Ato público dos servidores municipais de Barra dos Coqueiros exige reposição inflacionária e respeito do prefeito Alberto Macedo
Fotos e texto por Thiago Leão
Na manhã da última quinta-feira, 15 de agosto, servidores públicos municipais de Barra dos Coqueiros realizaram uma paralisação seguida de uma caminhada pelas ruas da cidade, culminando em um ato público em frente à sede da prefeitura. O movimento foi motivado pela falta de cumprimento da recomposição salarial frente a perdas inflacionárias - um direito constitucional que o prefeito Alberto Macedo se recusa a conceder. O índice de revisão salarial exigido pela categoria é de 3,69%, previsto por lei.
A atividade contou com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE) e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe (SINTESE) e também teve o objetivo de chamar a atenção da gestão municipal e da população para a sobrecarga pela qual passam os servidores, especialmente da educação. Devido ao reduzido quadro de servidores efetivos, há grande falta de cuidadores e auxiliar de creche nas escolas, ocasionando em adoecimentos e, mesmo com todos os esforços dos atuais servidores da educação, prejudicando a qualidade do serviço prestado à sociedade barra-coqueirense.
A ato contou presença de uma viatura e agentes da Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) de Barra dos Coqueiro, garantindo a segurança dos presentes e dos motoristas que passavam pelo ato público. Essa é mais uma forma que o SINDIBARRA busca de assegurar que as atividades coletivas estejam dentro das recomendações e da lei. Ofícios foram enviados às repartições públicas e aos gestores do município com antecedência de 72 horas e a ata da assembleia deliberando paralisação e ato público foi encaminhada à prefeitura, sendo recebida pelo setor jurídico.
Após a caminhada, o ato foi finalizado na sede da Prefeitura, onde a categoria cobrou um posicionamento do prefeito Alberto Macedo ou de um representante de sua gestão. Foi cobrado que o governo municipal retomasse o diálogo com o sindicato para negociar a revisão salarial. A atualização do plano de cargos e salários, implementada após pressões anteriores, foi destacada pelos manifestantes como uma medida insuficiente, que não substitui a recomposição salarial devida desde março deste ano.
Sem qualquer resposta por parte da prefeitura durante a manifestação, a direção do SINDIBARRA orientou a dispersão pacífica do ato, mas deixou claro que a mobilização continua. Foi anunciado que, caso não haja uma sinalização positiva para a concessão da revisão inflacionária anual até o dia 29 de agosto, a categoria entrará em greve.
A manifestação foi registrada também ao vivo na página do Instagram do SINDIBARRA. Você pode assistir às falas feitas na concentração inicial antes da caminhada pelas ruas do município clicando ou tocando aqui e ao momento em que a categoria entra na sede da prefeitura cobrando uma audiência com o prefeito Alberto Macedo ou um representante de sua gestão clicando ou tocando aqui.
BO contra vídeo anônimo
Além da questão salarial, os manifestantes também repudiaram a divulgação de um vídeo nas redes sociais, no dia 14 de agosto, que veiculava informações falsas e acusações infundadas contra a presidenta e a vice-presidenta do SINDIBARRA, sugerindo que a diretoria estaria utilizando o sindicato para fins partidários. O sindicato ressaltou que o direito ao posicionamento político é individual e deve ser respeitado, exigindo o fim das tentativas de deslegitimação da luta sindical.
Ainda na tarde da quinta, acompanhadas do advogado Jorge Francisco, as integrantes da diretoria prestaram queixa na delegacia da Barra dos Coqueiros. O Boletim de Ocorrência por calúnia e difamação pede investigação para apurar quem produziu e quem está disseminando mentiras sobre a diretoria do Sindicato com o objetivo de enfraquecer a luta da categoria.
Confira o vídeo:
O sindicato reafirma seu compromisso com a defesa dos direitos dos servidores da barra dos Coqueiros e enfatizou que a luta por justiça e respeito às conquistas da categoria seguirá firme até que as reivindicações sejam atendidas.